terça-feira, 14 de dezembro de 2010

DESRESPEITO - No Brasil, 77% dos deficientes se sentem desrespeitados


No Brasil, 77% dos deficientes se sentem desrespeitados. Para 87%, nenhuma ou poucas das ruas estão adaptadas em sua cidade
- AGÊNCIA ESTADO, 14/12/2010 - 09:20 - ATUALIZADO EM 14/12/2010 - 09:22

Mulheres, negros e deficientes ainda são minoria nas maiores empresas.

Pessoas com deficiência não têm seus direitos respeitados no país. Essa é a opinião de 77% dos 1.165 portadores de deficiência entrevistados na pesquisa sobre a condição de vida dos deficientes no Brasil, feita pelo DataSenado, entre 28 de outubro e 17 de novembro. O estudo foi realizado com base no cadastro do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), com 10.273 registrados.

"As pessoas se sentem sem acesso aos serviços, desrespeitadas no seu direito de ir e vir, e o importante é que elas estão percebendo isso. O preconceito ficou tão natural, como quando um deficiente físico é carregado para entrar no ônibus que não tem elevador, que as pessoas não percebem como preconceito", observou a superintendente do IBDD, Teresa Costa D'Amaral.

A pesquisa mostra que os prédios públicos estão mais adaptados (18% responderam que a maioria tem acesso) que os comerciais (12% de respostas favoráveis). Mas as ruas e calçadas são o grande entrave para a locomoção - para 87%, nenhuma ou poucas das ruas estão adaptadas em sua cidade. Quatro em cada dez entrevistados deixaram de ir a algum lugar porque a estrutura física não estava adaptada.

Essa falta de adaptação também compromete o lazer - 64% dos deficientes físicos e 51% dos visuais gostariam de praticar esportes, mas não podem por falta de acesso; 25% dos deficientes auditivos gostariam de ir ao teatro; e 23% dos deficientes visuais iriam ao cinema, se as salas fossem adaptadas.


Uma Questão de Respeito - MAURICIO JOFFRE DA SILVA | SP / LORENA | 14/12/2010 10:32

Adaptar os lugares para serem frequentados pelos deficientes físicos, é uma questão de respeito. Devemos respeitar os deficientes físicos, porque ninguém tem culpa de ter nascido deficiente ou até mesmo ter adquirido uma deficiência num acidente, entre outros. Isso é também uma questão que podemos chamar de direitos humanos. São direitos daqueles que não enxergam, os cadeirantes, aqueles que andam de muletas ou bengalas. Esses sofrem muito com calçadas em más condições, bueiros mal tampados, os quais correm o risco de cair dentro deles. Como vi ontem numa reportagem pela telelvisão, muitos se machucam, batendo contra guias mal colocadas, enfim, há muito o que fazer.